O Conselho Federal de Medicina (CFM) criticou o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) por solicitar à Anvisa a suspensão da venda de PMMA, um tipo de preenchimento utilizado em procedimentos estéticos.
Pedido de Suspensão
O Cremesp enviou um pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que suspendesse a comercialização do PMMA, alegando riscos à saúde dos pacientes. Segundo o Cremesp, há relatos de complicações graves associadas ao uso do produto.
Resposta do CFM
Em resposta, o CFM afirmou que a solicitação do Cremesp é precipitada e que a decisão sobre a suspensão de produtos médicos deve ser baseada em evidências científicas robustas. O CFM destacou que o PMMA é aprovado pela Anvisa e seu uso é regulamentado.
Uso do PMMA
O PMMA, ou polimetilmetacrilato, é um material sintético utilizado em preenchimentos estéticos para corrigir imperfeições e aumentar volumes. Apesar de ser amplamente utilizado, há controvérsias sobre sua segurança a longo prazo.
Complicações Relatadas
O Cremesp argumenta que há um número crescente de complicações relatadas, incluindo inflamações, infecções e reações adversas graves. Esses problemas podem exigir intervenções cirúrgicas para correção, aumentando os riscos para os pacientes.
Defesa do Produto
Por outro lado, o CFM defende que, quando utilizado corretamente por profissionais qualificados, o PMMA é seguro e eficaz. O conselho enfatiza a importância de seguir protocolos rigorosos e de que a suspensão do produto pode prejudicar pacientes que se beneficiam do tratamento.
Debate em Curso
A discussão sobre a segurança do PMMA reflete um debate mais amplo sobre a regulamentação de produtos médicos e a necessidade de equilibrar inovação com segurança. A decisão final sobre a suspensão do PMMA caberá à Anvisa, que deve considerar todas as evidências disponíveis.