Atenção a homens em situação de violência: protocolos para acolher e apoiar vítimas masculinas de violência íntima

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Ciro Antonio Taques defende protocolos eficazes para acolher e apoiar homens vítimas de violência íntima.

De acordo com Ciro Antonio Taques, a atenção a homens em situação de violência é um tema cada vez mais necessário, mas ainda pouco explorado nas políticas públicas e nas práticas de saúde e assistência social. Reconhecer que homens também podem ser vítimas de violência íntima é um passo essencial para quebrar estigmas e oferecer acolhimento adequado. Com protocolos estruturados, é possível garantir atendimento humanizado, proteção jurídica e suporte psicológico, promovendo reconstrução de trajetórias de vida.

Descubra neste artigo como identificar sinais, conhecer os protocolos de acolhimento e entender quais redes de apoio estão disponíveis para garantir dignidade e segurança aos homens em situação de violência.

Reconhecendo homens em situação de violência: a violência íntima contra homens

A violência íntima contra homens assume diversas formas, como agressões físicas, psicológicas, patrimoniais ou até sexuais, muitas vezes invisibilizadas por preconceitos sociais. Estereótipos de masculinidade impedem que muitos homens denunciem abusos por medo de julgamento ou desconfiança institucional. O silêncio, nesse contexto, agrava o sofrimento e pode levar a consequências emocionais severas, como depressão, ansiedade e isolamento. 

Segundo Ciro Antonio Taques, a construção de canais de denúncia seguros e discretos é essencial para estimular que homens busquem ajuda. Linhas telefônicas dedicadas, plataformas digitais e serviços de escuta especializada podem reduzir barreiras de acesso. Além disso, capacitar profissionais de saúde, segurança pública e assistência social para lidar sem preconceito com esses casos assegura atendimento equitativo. O reconhecimento da vítima fortalece sua autoestima e incentiva a continuidade do processo de cuidado.

Protocolos de acolhimento e suporte especializado

Os protocolos de acolhimento a homens vítimas de violência devem priorizar a escuta ativa, o sigilo e o encaminhamento imediato para redes de proteção. Consultórios de saúde e delegacias precisam estar preparados para oferecer um ambiente respeitoso, sem julgamento ou estigmatização. O atendimento multiprofissional, envolvendo médicos, psicólogos, assistentes sociais e advogados, garante que cada dimensão do problema seja abordada com a seriedade necessária. 

A visão de Ciro Antonio Taques sobre como estruturar apoio a homens em situação de violência.
A visão de Ciro Antonio Taques sobre como estruturar apoio a homens em situação de violência.

Conforme informa Ciro Antonio Taques, é fundamental incluir nos protocolos planos de proteção emergencial e suporte psicológico contínuo. A terapia individual ou em grupo auxilia na reconstrução da autoestima e no enfrentamento das consequências emocionais do trauma. Além disso, serviços de orientação jurídica devem estar acessíveis, oferecendo clareza sobre direitos, medidas protetivas e possibilidades de reparação. O alinhamento entre saúde, justiça e assistência social garante que o atendimento seja eficaz e completo.

Desafios e perspectivas para políticas públicas

A inclusão de homens em políticas públicas de combate à violência ainda é limitada, o que torna urgente ampliar a cobertura de serviços especializados. Muitas campanhas de conscientização focam apenas nas mulheres, deixando invisíveis milhares de homens que sofrem abusos em silêncio. A criação de centros de referência específicos, campanhas educativas inclusivas e treinamentos periódicos para profissionais podem preencher essa lacuna e oferecer suporte adequado para todas as vítimas.

Na visão de Ciro Antonio Taques, investir em pesquisas e dados sobre violência contra homens é crucial para dimensionar o problema e direcionar políticas eficazes. Ao gerar indicadores confiáveis, gestores públicos podem desenvolver programas preventivos e fortalecer redes de apoio. A longo prazo, a normalização do tema nos debates sociais contribuirá para reduzir preconceitos, estimular denúncias e garantir que homens vítimas de violência tenham acesso à mesma proteção e dignidade asseguradas a qualquer cidadão.

Em conclusão, a atenção a homens em situação de violência íntima exige protocolos claros, equipes capacitadas e políticas públicas inclusivas. Reconhecer que homens também são vítimas quebra barreiras culturais e fortalece uma rede de proteção mais justa e equitativa. Acolher, orientar e oferecer suporte psicológico e jurídico são etapas fundamentais para a superação do trauma e a reconstrução da vida. Para Ciro Antonio Taques, ampliar a visibilidade do tema é garantir que o combate à violência seja verdadeiramente universal.

Autor: Olivia Johnson

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